terça-feira, 11 de novembro de 2014

Para levar Curitiba na bagagem

Aliando empreendedorismo, turismo e negócios, o Projeto Souvenir Curitiba oferta aos visitantes da capital, opções criativas de compra


O principal ingrediente do projeto Souvenir
Curitiba é a criatividade
A cultura da capital serviu de inspiração para a
confecção de souvenirs
A designer gráfica Ariane Regina dos Santos

Para alguns é para matar a saudade, para outros, nunca esquecer. Comprar presentes e lembranças de um local visitado é uma tradição praticada em todo o mundo. O termo souvenir vem do francês e significa memória, referente ao artesanato, fé, hábitos e costumes, enfim, à cultura local.
Às vezes são representações das calçadas de Copacabana, das fitas do Senhor do Bonfim, chaveiros da Torre Eiffel, da Estátua da Liberdade ou os monolitos bolivianos do sítio arqueológico de Tiwanaku, mas todos carregados de simbolismo e de recordações.
De acordo com dados do Ministério do Turismo, somente de janeiro a agosto deste ano os gastos dos turistas no Brasil ultrapassaram a marca dos R$ 4,9 bilhões.
Em ano de Copa do Mundo e para aproveitar o fluxo intenso de turistas que visitaram a capital paranaense, o Sebrae/PR desenvolveu com parceiros locais o projeto Souvenir Curitiba. O objetivo era profissionalizar a produção de lembranças turísticas e desta ideia surgiu a marca Sou Curitiba. “Quando mapeamos, há três anos, as oportunidades da Copa do Mundo, surgiram o artesanato e os souvenirs, em Curitiba. Este foi um dos mercados que começamos a pesquisar e a direcionar os esforços para construirmos uma proposta de desenvolvimento de produtos para a capital. No mercado não existia nenhum ícone, nenhum diferencial, nenhum produto que agregasse valor à visitação do turista”, revela a consultora do Sebrae/PR e gestora do projeto, Patrícia Albanez.
Diferencial
A diferenciação dos produtos ofertados pela marca Sou Curitiba é o sucesso do projeto. Patrícia ressalta que todos os produtores, sejam eles, artesãos, designers, artistas plásticos, fotógrafos, estilistas ou joalheiros passaram por uma rigorosa curadoria. Todos os selecionados receberam consultorias e cursos de capacitação para a criação de novos produtos. “Foram repassados conceitos de empreendedorismo, turismo e negócios. Nesta questão fomos muito felizes e conseguimos, de fato, trabalhar com a inovação. Todo o projeto para prosperar e vender requer planejamento, gestão e visão de mercado, além de criatividade”, salienta a gestora.
Criatividade foi o material que não faltou aos produtores para a confecção de 86 opções de souvenirs que cabem em todos os bolsos, pois os preços variam de R$ 2 a R$ 126.
São jogos de futebol de botão, com times que compõe o Campeonato da Suburbana de Curitiba; blocos de papel com capas que remetem aos lambrequins das construções curitibanas; postais com pontos turísticos e até o ar da capital está sendo comercializado em uma lata de sardinha decorada.
Ariane Regina dos Santos, designer gráfica, é uma das produtoras do projeto. Foi quando precisou largar a faculdade de Administração para cuidar da avó, que surgiu a oportunidade de empreender. Ela conheceu o projeto e com as consultorias passou a ver Curitiba com olhos de turista. “Eu queria agarrar a oportunidade que a Copa do Mundo estava trazendo e se este campeonato era temporário, o projeto não. Aprendemos sobre a cidade, o que ela oferecia e depois disso, cada um desenvolveu produtos, buscando sempre a inovação”, destaca Ariane.
Pensando em objetos pequenos, que pudessem ser transportados com facilidade, fossem úteis e reaproveitáveis, Ariane desenvolveu nove modelos de capa-dura, para armazenar blocos de adesivo de fácil remoção, cada um estampado com um ponto turístico de Curitiba. Além disso, ela criou as “Marquelatas”, marcadores de página feitos de papel ecológico, recortados a laser e guardados em caixinhas de alumínio. Cada lata possuiu quatro marcadores com temas que fazem referência a Curitiba, como a araucária e as calçadas de petit-pavé da Rua XV.
Os produtos podem ser encontrados em 11 pontos de vendas fixos espalhados pela capital e pela loja virtual www.soucuritiba.com.
Texto: Silvia Bocchese de Lima
Fotos: Ivo Lima e Rodolfo Buhrer (La Imagen)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Made in Paraná

A gastronomia paranaense carrega diferentes histórias e estórias e encanta o paladar de moradores e turistas. O litoral do estado traz peculiaridades gastronômicas que vão do barreado à cachaça.

BALAS DE BANANA
O slogan “É impossível comer só um” poderia ser aplicado às tradicionais balas de banana produzidas
no litoral paranaense. Embaladas em papel ou plásticos, as balas são feitas com produtos naturais, sem uso
de conservantes e aditivos químicos e a matéria-prima vem da própria região, das propriedades dos pequenos produtores rurais.


CHIPS
Os chips feitos de fatias finas e fritas de banana são petiscos que acompanham as rodas de cerveja à  beira-mar e podem ser servidos salgados ou doces.

BARREADO
Considerado o prato típico do Paraná, o barreado é preparado há mais de três séculos na região litorânea.
O termo barrear vem da mistura à base de mandioca e água utilizada para vedar uma panela de barro onde
carne, toucinho, temperos e água cozinham por 24 horas. O prato é acompanhado de banana, laranja, arroz
e farinha de mandioca.

CAMBIRA
A cambira combina o sabor do peixe seco ou defumado com a suavidade da banana da terra. Esta receita exótica, preparada desde os tempos coloniais, forma o prato típico de Pontal do Paraná. A origem do nome se deve à espécie de varal onde se salga e defuma o peixe. Para preservar as características originais do prato e realçar o sabor dos ingredientes, a cambira deve ser feita em uma panela de barro.

CACHAÇA
A relação da cachaça com o Paraná chegou a virar verbete no Dicionário Aurélio como sinônimo de morretiana, pela tradição dos alambiques localizados em Morretes. A estimativa é que existam no
estado 300 alambiques. A cachaça paranaense pode ser encontrada em mercados municipais e em lojas
especializadas.

OSTRAS
As ostras nativas cultivadas na Baía de Guaratuba foram avaliadas por especialistas japoneses e classificadas como as terceiras mais saborosas do mundo. A Universidade Federal do Paraná faz a análise sanitária das ostras, garantindo um produto saudável e fresco.