terça-feira, 19 de julho de 2011

A baiana São Félix

Ah… Rubem Alves! Às vezes eu também me pergunto o motivo pelo qual eu não me mudo para a Bahia! Até as cidades de pequeno porte têm algo interessante a mostrar. Exemplo disso é São Félix, uma cidade separada de Cachoeira pela Ponte Dom Pedro II e pelo Rio Paraguaçu, localizada a 110km de Salvador, no Recôncavo Baiano.

Ponte Dom Pedro II 

A cidade já foi cortada por uma estrada de ferro, por onde era escoada a produção do campo para a capital. Hoje os trilhos se resumem a poucos trechos perdidos pela cidade.

Realmente eu achei o fim da linha...
São Félix desenvolveu-se, principalmente pela indústria do fumo e é lá que eu conheci a Dannemann -uma fábrica de charutos.

Dannemann, em São Félix

A indústria foi fundada na segunda metade do século XIX, por Gerhard Dannemann, um alemão, e é a mais antiga fábrica de charutos no Brasil. A empresa do alemão chegou a ter seis unidades fabris e empregar mais de quatro mil pessoas na Bahia.

Charutos Dannemann

Hoje a grandeza da empresa não é a mesma mas é a principal exportadora do produto, ficando em terras brasileiras apenas 10% da produção para o consumo verde e amarelo.
Processo fabril

O principal mercado interno dos charutos produzidos pela Dannemann, é a Bahia! São Félix e Cachoeira concentram a maior parte dos terreiros baianos e isso explica o alto consumo do produto.


Conhecer a indústria artesanal é um encanto à parte! Ao entrar na Dannemann fui informada que fumar charutos é uma arte e foi pensando nisso que ali também foi instalado o Centro Cultural Dannemann.



Exposição no Centro Cultural

Impossível não se render ao encanto das artesãs do fumo, que demonstram e ensinam como produzir os charutos. Para quem aprecia o tabaco, há um espaço reservado para o consumo charuto... eu fiquei com o cafezinho que me ofereceram e, antes de ir embora, aproveitei para mandar um postal, serviço gratuito oferecido pela empresa.